domingo, 2 de fevereiro de 2014

MGF: Dados e Amnistia Internacional

A Mutilação genital feminina, também denominada de circuncisão feminina é uma prática realizada principalmente em África e Ásia.

É uma ofensa grave aos direitos humanos em geral e aos direitos da mulher e das crianças, em especial, e causa danos físicos e psicológicos irreversíveis.

Nestes países, a tradição é realizada no âmbito de festas culturais pois é considerada a "transformação" de uma menina para uma mulher completa  (que deve ser obediente e dócil para com o futuro marido).


(Percentagem de mulheres mutiladas dos 15 aos 49 anos)

(Percentagem das mulheres que foram mutiladas vs as que acham que a tradição deve continuar)


O que a Amnistia internacional diz sobre esta prática? 

A MGF é uma manifestação de violações de direitos humanos baseadas no género que pretende controlar a sexualidade e autonomia das mulheres, e que são comuns a todas as culturas. Embora impressionante devido à sua gravidade e dimensão, a MGF não pode ser encarada isoladamente. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, UNICEF e UNFPA, estima-se que cerca de 3 milhões de mulheres e crianças correm risco de mutilação todos os anos. A MGF foi documentada em cerca de 28 países do continente africano, bem como em países asiáticos e do Médio Oriente. No entanto, e devido aos crescentes movimentos migratórios, a prática da MGF tem vindo a ser alargada também a outras regiões e países, incluindo europeus.
 (...) 
A UNICEF declarou que esta prática “pode ser eliminada no espaço de uma geração”. No entanto, a diminuição da taxa de prática do ritual não indica uma diminuição global. Por conseguinte, para erradicar a MGF serão exigidos mais esforços por parte dos governos, pela sociedade civil, e pela comunidade internacional. Terão de ser influenciadas através de um empenho global coletivo. Líderes dos países em que se pratica MGF têm um papel importante para desencorajar esta prática. A Amnistia Internacional esforça-se para que os direitos destas mulheres e crianças sejam respeitados e acredita que com um empenho global coletivo se possa chegar ao objetivo desejado.

 Fontes:
www.childinfo.org/fgmc_progress.html -  (unicef) 
www.amnistia-internacional.pt


Daniela Cortesão | Nº8

Nenhum comentário:

Postar um comentário